Boschilia de bem com Muricy: 'Quem sabe será o meia do São Paulo?'

Muricy Ramalho optou por escalar um time reserva contra o Marília no último domingo por duas razões: dar descanso aos titulares desgastados pelo duro confronto com o San Lorenzo (ARG) pela Copa Libertadores da América e observar os jovens atletas formados nas categorias de base do São Paulo. Entre eles o meia Boschilia, um dos destaques do 3 a 0 no Morumbi ao participar de dois gols - incluindo passe açucarado para Alan Kardec - e criar as melhores chances da partida.

- Entrou quarta contra o San Lorenzo e jogou bem. Hoje (domingo) fez o primeiro tempo bom e depois parou. Ele tem a oportunidade e apriveitou. E está sempre no banco do time titular se vocês repararem. E sempre entrando. De repente ele entra e não sai mais. Tem que pensar assim e eu sei que ele pensa. Enquanto jogar e participar como nesses jogos, ganha minha confiança. Quem sabe um dia será o meia do São Paulo, né? - elogiou o técnico.

Para conquistar o chefe, Boschilia teve de suar. Em maio do ano passado, pouco depois de ser promovido ao time profissional, o meia ganhou chance no segundo tempo do clássico com o Corinthians no primeiro turno do Campeonato Brasileiro, mas desobedeceu pedido tático de Muricy. O treinador se descontrolou com o fato e reclamou de forma brusca ainda no gramado da Arena Barueri. Agora, a relação parece ter mudado.

- Fiquei feliz pela boa exibição. Tenho entrado com mais frequência e venho ganhando confiança a cada jogo. Me sinto bem. Hoje (domingo), contribuí com uma assistência e também com movimentação no meio de campo. Faltou só um gol para coroar, mas a vitória foi muito importante - comemorou o camisa 8, número que era usado por Kaká em 2014.

Outra joia da base observada diante do Marília foi Rodrigo Caio. O defensor foi titular pela primeira vez após sete meses de uma grave lesão no joelho esquerdo e recebeu até a faixa de capitão de Rogério Ceni. Muricy, ainda que a preferência do camisa 3 seja por atuar na zaga, resolveu escalá-lo como volante, posição em que Rodrigo começou a carreira e joga na Seleção Olímpica (está convocado para amistosos nesta semana).

- Está voltando pouco a pouco, longe de ser o jogador que sempre foi (no profissional desde 2011, titular em 2013 e 2014). Às vezes perde passe que não pode, entra em lance que não pode. Coloquei de volante para exigir mais dele mesmo, em um campo grande, para sofrer mais, movimentar mais. Lá atrás de zagueiro fica só esperando, mesmo que faça boa cobertura. Faz parte da recuperação dele e ele sabe que falta muito para ser titular - acalmou.